2 de dez. de 2010

Qatar ganha votação e será sede da Copa do Mundo de 2022




Qatar x Japao no Estadio do Al Sadd

Estadio do Al Gharafa

O Qatar será sede da Copa do Mundo de 2022. A definição aconteceu em votação realizada nesta quinta-feira, na sede da Fifa, em Zurique (Suíça). Em 2018, a Rússia foi a vencedora. Esta será a primeira vez que um país com maioria árabe vai receber o principal evento de futebol do planeta. O país venceu a eleição que era disputada contra Estados Unidos, Coreia do Sul, Japão e Austrália. O total previsto para investimentos em estádio é de US$ 3 bilhões, cerca de R$ 5,1 bilhões. No total serão 7 cidades, com 12 estádios, sendo nove novos.

O PLEITO
Onze países envolvidos na disputa enviaram chefes de Estado, jogadores, executivos, xeques e até um príncipe. As personalidades, porém, ignoraram os casos de suborno e só fizeram elogios e defesas dos dirigentes. Dos 24 originais membros do Comitê Executivo, corpo eleitoral das escolhas, um quarto deles foi denunciado em matérias da imprensa inglesa durante a campanha. Dois integrantes foram suspensos -só 22 votam hoje. Reynald Temarii, do Haiti, e Amos Adamu, da Nigéria, foram afastados após terem sido flagrados em vídeos do "Sunday Times" negociando votos. A BBC ainda mostrou pagamentos de supostos subornos relacionados à Fifa a Ricardo Teixeira, da CBF, Issa Hayatou, de Camarões, e Nicolás Leoz, do Paraguai. A Inglaterra tentou barrar documentário da BBC sobre os cartolas da Fifa. E o premiê James Cameron esteve com o dirigente Jack Warner, de Trinidad e Tobago, acusado de revender ingressos da Copa com ágio. Em vez de a Fifa explicar seus problemas, foi o jogador Beckham que teve de minimizar ao presidente da entidade, Joseph Blatter, as denúncias da BBC. Não foi o único a atacar as denúncias de jornalistas. No total, são nove candidaturas: Inglaterra, Espanha/Portugal, Rússia e Bélgica/Holanda para 2018; Austrália, Coreia do Sul, Japão, Qatar e EUA para 2022. De nenhuma delas se ouviu um pedido de investigação dos votantes ou de mudanças. Sem pressão de políticos, os dirigentes da Fifa continuam com tratamento de chefes de Estado. Seu hotel em Zurique estava isolado até quarta-feira pela polícia -a justificativa era a presença de Cameron. Jornalistas não tinham acesso à sede da Fifa e viam as apresentações de outro local, longe dali. O ministro do Esporte do Japão, Kan Suzuki, resumiu o sentimento dos políticos sobre a Fifa ao defender sua candidatura. "Não estamos limitados às garantias do governo [à Fifa]. Estamos prontos para atender o que for necessário", afirmou.
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