Foto 360° do show de Paul McCartney em Porto Alegre
“Ah, eu sou gaúcho!”: Paul arrebata o público
Emocionante. Paul McCartney veio a Porto Alegre para encantar os gaúchos, definitivamente. De terno roxo, camisa branca, calça preta e os característicos suspensórios, Paul esbanjou uma performance invejável no palco montado no estádio Beira-Rio e arrebatou o público com seu gauchês:
“Mas, bah, tchê!”, “Trilegal” e o famoso “Ah, eu sou gaúcho” foram as expressões que Paul intercalou com “Obrigada, Brasil” e “Obrigada, Porto Alegre” e que serviram para que ele conquistasse de vez a simpatia do público gaúcho.
Pontualidade
- Oi! Tudo bem? Boa noite Porto Alegre! Boa noite Brasil!
Assim Paul abriu a noite na capital gaúcha, contrariando em apenas nove minutos a famosa pontualidade britânica – “Sir” Paul subiu ao palco exatamente às 21h09min.
Extrovertido, não aparentava os seus 68 anos: interagiu todo o tempo e presenteou a plateia com reboladinhas e dancinhas no palco montado no Beira-Rio, causando histeria entre as fãs.
– Obrigado, gaúchos – gritou Paul, e repetiu a expressão várias vezes no show.
Das baladas às mais dançantes
Após as 10 primeiras músicas e quase 50 minutos de show, o público se esbaldou no romantismo de My Love.
– Escrevi esta música para minha gatinha. Mas hoje ela é para todos os namorados – disse o ex-beatle, arrancando suspiros da plateia, enquanto casais se abraçavam e dançavam.
Depois de I’ve just seen a face, Paul tocou And I Love Her. Mais um momento romântico: casais se abraçam e dançaram na pista premium
Já em Ob-la-di, Ob-la-da, a plateia foi ao delírio. O ritmo, que flerta com o reggae, repete no refrão um bordão do percussionista nigeriano Jimmy Scott, amigo de Paul, que significa “a vida segue” (life goes on).
Homenagem aos amigos
John Lennon e George Harrison foram lembrados por Paul McCartney em dois momentos emocionantes do show.
Ao cantar Here Today – no palco, só ele e o violão – Paul declara seu amor ao amigo John. A canção, do disco Tug of War (1982), é um lamento comovente, dedicada ao ex-beatle assassinado em 1980. “Eu escrevi esta música para o meu amigo John”, diz Paul.
Em Something, Paul homenageou George. Fotos do amigo apareceram no telão durante a música, composta para o álbum Abbey Road (1969).
O grande momento
Após um show pirotécnico e o costumeiro fogo do rock’n roll no palco, o ex-beatle, que já tinha ganho o público desde o primeiro acorde, fez os gaúchos o reverenciarem com, talvez, a mais clássica de todas as canções do show: Hey Jude.
No telão, um close simples em McCartney dava o tom suave da canção feita para o filho de Lennon, Julie, enquanto as mulheres se escoravam em seus namorados e os homens, sem pudores, se abraçavam e choravam.
Com uma voz afinadíssima e convidativa, Paul chamou para o “na-na-na”: primeiro os homens, talvez por ver de cima do palco emoção à flor da pele dos gaúchos. Depois as mulheres, em um coro fino e sutil.
Grand finale
Não é qualquer músico que, após mais de 2h30min de espetáculo, finaliza uma apresentação explodindo em êxtase dezena de milhares de pessoas e volta para o bis com a disposição de quem está recém iniciando a noite. Day Tripper, Lady Madonna e Get Back em sequência fez o gramado e arquibancadas do Beira-Rio se transformarem em uma pista de dança. Palmas, mãos pra cima, sorrisos largos. Os fãs queriam, de qualquer maneira, interagir com sir Paul.
Mais uma breve pausa e a volta para o segundo bis, com Yesterday e Helter Skelter criando um misto de lágrimas e ranger de dentes. Lágrimas, pois Paul, ao primeiro acorde do violão de Yesterday, faz com que a mente voe para o sentimento mais secreto. O ranger de dentes fica evidente quando a cabeça de milhares de fãs sobe e desce — um dos gestos clássicos do rock pode até parecer analogia em reverência a um dos homens que revolucionaram o estilo.
fonte = http://wp.clicrbs.com.br/paulinpoa/2010/11/07/ah-eu-sou-gaucho-paul-arrebata-o-publico-em-show-extasiante-no-beira-rio/?topo=77,1,1,,,77
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